Para Minha Mineirinha “Petulante”, Uai!
Petulância é seu homônimo
E audácia também é sinônimo...
Sabe que não pode ter
Esse amor que faz juízo perder...
Mas seu atrevimento me cobiça
A alma se atiça...
De um olho sai faísca
E com o outro atira a isca...
É anseio de menina
Com impulso de felina
Que fareja a adrenalina
Do fogo perto da benzina
Por isso quer sentir essa emoção
Deixar por um triz o coração
Aviltar amor com paixão
Que inventou quando ouviu meu “não”
Num lampejo jura que ama
Em palavras que esparrama
Sem medir a conseqüência
Da mentira com freqüência...
E se tanto dela eu sei,
Por que então me apaixonei
Se assim nunca me entreguei
Antes do segundo mês?
Foi distração à toa
Mas que já me atordoa
Quando tento me afastar
E saudade faz voltar...
Só quero mais um pouco
Encher por dentro o que era oco
Atirar mais moeda no poço
Pra desejar fugir sem esforço...
Só que agora é ilusão
A petulante subtraiu-me a razão
E liberdade incomoda
Todo tempo que ela demora...