QUEDA D'ÁGUA
Nos pingos desta linda queda d água,
Teus abraços me aquecem do imenso frio,
Enlaçando os meus seios nos teus braços,
Acordando este frisson tenso e arredio.
À medida que trocamos suaves carícias,
Ao prender tua boca e sugar tua língua,
Minha alma denuncia estar sedenta,
E o meu corpo acusa toda carência e míngua.
Nem pensar pensei que estaria pecando,
Querer ser teu dono entre as cascatas,
Sobre os campos verdes, coberto destas matas...
Onde se ouve o gorjear de aves e pássaros,
E eu docemente embrenhado, em teus cabelos,
Sem nem refletir ser teu na forma e medidas exatas.
Vitoria Moura 25/8/2010