EU SOU IGUAL

Em um desses momentos em que os

pensamentos alcançam vôo, comecei

a questionar sobre os assuntos que

passavam, que nada tinham

de especial e muito menos comigo.

Embora fossem conjunturas com aspectos

fortuitos, fui surpreendido como uma

indagação que por momentos deixou-me

pensativo. Bem traduzido assim inquiria:

Se todos falam de amor, qual a razão de

tantos desencontros e destruição de afetos?

Qual seria o motivo que determinara a

divisão de dois corpos, que tempos atrás

juraram que entre eles o sentimento

não teria princípio e nem fim,

e por que do complexo de coisas singulares?

Sem encontrar uma resposta satisfatória

passei por uma sonolência de segundos,

e nessa intermitência minha mente

acomodou-se no vazio sendo circundado

por um dominante silêncio.

De volta ao estágio inicial já desperto

e refeito, argumentei como tentar o

o irrealizável se eu ainda

não resolvi minhas próprias contendas?

Afinal, minhas lágrimas ainda não secaram,

a saudade continua persistindo em morar

comigo em razão da mulher que era toda

minha querida, ter resolvido empreender

uma fuga transformando minha vida.

E assim combalido, como ajudar os que

sofrem se em seu meio ali também

estou, sem forças por ter sido

alcançado pelas mesmas garras do fatalismo?

Wil
Enviado por Wil em 26/09/2010
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