Por Quê?
No envelope, o selo.
Na minha voz, o apelo,
Nos meus olhos, o pranto.
No canto da sala, o sofá,
Na xícara xadrez, o chá
Esfriando em algum canto
Daquela mesa de centro
Com vidro escuro fumê.
E, eu morrendo por dentro,
De tanto amor por você.
Que, embora presente,
Esta distante, ausente;
Tão aqui perto e não vê:
Ah, porque finge, por quê?