Por Quê?

No envelope, o selo.

Na minha voz, o apelo,

Nos meus olhos, o pranto.

No canto da sala, o sofá,

Na xícara xadrez, o chá

Esfriando em algum canto

Daquela mesa de centro

Com vidro escuro fumê.

E, eu morrendo por dentro,

De tanto amor por você.

Que, embora presente,

Esta distante, ausente;

Tão aqui perto e não vê:

Ah, porque finge, por quê?

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 17/09/2010
Reeditado em 28/05/2014
Código do texto: T2502996
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