E sigo assim...

Por mais que as palavras

Falem por mim...

O que trago na alma

É uma saudade sem fim.

A indiferença

Que tanto fere,

A desilusão

Que nada supera.

E sigo assim...

Com lágrimas transbordando

Da alma.

Tênue distância

Da lucidez e a loucura.

Quando as mãos tateiam

Paredes escuras.

E se a dor do meu peito pudesse

Ser alçada feito pedras

Seriam montanhas

A sufocar um oceano.

E sigo assim...

Agonizando a espera

De olhar você.

Sonhando

Ouvir dos seus lábios

O que meu pranto grita tanto...

Ainda Te amo!

(Sirlei L. Passolongo)