Poema sentido

Chora poesia, porque ela não é tua...

Lastima a perda, pois nunca a tiveste...

Se os olhos fossem negros, amados iguais

Ao de Castro Alves, que amava

Derramando o coração pela atriz...

Se fosse romântico ao excesso,

Verteriam riachos imensos,

Rios sem fim, numa terra árida,

Onde o deserto tomou conta dos olhos...

Chora poesia, porque ela não foi tua jamais,

Ao menos para ter saudade, e sentir ciúme,

Sem nunca ter tocado teus lábios rosas,

Vermelhos de um batom encantador,

E todas aquelas cores que ela usa,

No dia a dia, chamando tua atenção,

Até dos pés à cabeça, os atavios,

Sim, enfeites, nas unhas mesmo, e

Cabelos que ornam com todo o rosto de mulher...

Aqueles brincos brilhantes e os outros detalhes...

Que fazem palpitar forte o peito incandescente...

Sim, minha poesia, continua chorando,

Escorrendo tuas lágrimas dentro,

No mais interior dos sentimentos,

Onde nem as palavras alcançam,

Pois por certo o amor dela pertence a outro,

Outro coração alimenta-a quando a fome devora,

A sede de atenção domina o ser,

E tu, ó poesia, sentes a dor dos mortais!!!

Dolorido é teu sorriso de menina!!!!

Que clamas ao alto, que ela, que nunca chegou,

Retorna para mim!!!!! Faze sim, por gentileza,

Que volte com carinho nos olhos,

Olhando alegre e reconfortando meu chorar!!!!

Wanderson Benedito Ribeiro
Enviado por Wanderson Benedito Ribeiro em 01/09/2010
Reeditado em 01/09/2010
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