CORAÇÃO DE POETA II
Dentro de cada ser
Existe um mistério
E nem sempre somos capazes
De desvendá-lo,
As coisas inconcebíveis
Podem ou são inadmissíveis
Na tua cabeça,
Sem que precisem tornar-se
Meramente desprezíveis,
Nem todos os pontos são corretos
Nem mesmo podem ser convexos
O côncavo do universo
Não é o inverso do verso
Que eu escolhi,
São os seus olhos de gueixa
E suas lindas madeixas
E o cativante sorriso,
Que transpassou feito seta
O coração desse poeta
Que volta e meia me leva
Como águas de enchentes
E me põe preso a correntes
Cadeias e grilhões da mente
Um labirinto no mar