MONDO VINO
MONDO VINO
Sintonizo-me em uma freqüência na qual me ponho ao lado de Deus,
E de Deus... Avanço ao cálice em que é teu corpo,
Um corpo de deus,
Um copo à Deus,
Servido a maneira de Deus,
Silvestre,
Jovem,
Macio e na acidez correta,
E ergo o cálice que é o teu corpo,
E brindo...
À vida...
Que escorre tinta... Como o teu sangue,
Tânica, como tua alma,
Jovem como teu sorriso,
Presente, como o teu amor,
Que persiste ao final de cada gole,
Como persiste o gosto de teu corpo,
O volume perfeito, como o cosmos,
Como Deus...
Como os dias feitos por Deus,
E me embriago no deleite de teu perfume,
E me banho em sua santidade,
A sacra expressão do volume que brota em teu ventre,
O sêmen de vida que palpita o peito,
A semente de uma cepa adubada com a serenidade,
Emblema da sobriedade,
De onde sorvo toda a minha vida,
Mas que nesta safra... Será santa,
Porque é pura...
Como o “Graal” que fora digno do “Filho do Homem”,
“Vino”, como o sangue do Filho de Deus.
Sérgio Ildefonso 17.08.2008
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