A primeira Rosa
Era a primeira vez que via aqueles olhos
Que sentia seu cheiro e sorria teu riso
Era a primeira vez que eu não adormeceria em paz
Que não apagaria o dia e esperaria a noite
Era a primeira vez que mandaria rosas
Que haveria de querer aquela Rosa
Era a primeira vez que lamentaria tua ausência
Que o fim de tarde estaria repleto daquele vazio
Era a primeira vez que ouviria me chamar
Que num sussurro você diria: “Vem me amar”
Era a primeira vez que eu não saberia o que falar
Que a um poema não caberia expressar
Era a primeira vez que eu saberia como voltar
Que a tua mão iria acalentar
A dor que comigo trago dessa vida
Que a cada dia se torna insólita
E num abraço se faz perdida