Envelhecido cinco anos
Abro um vinho novo com um gosto tão antigo
Mas eu vivo de um antigo que não se fez
Um passado que nunca foi presente
Futuro que ninguém escreveu
Guardo comigo um último poema
Carrego toda noite um verso não dito
Uma rima não cantada
Grito toda noite calado e mudo
É o que mais me dói
Guardo comigo algo que provei
E tão logo se desfez
A garrafa já está vazia
Também...