Envelhecido cinco anos

Abro um vinho novo com um gosto tão antigo

Mas eu vivo de um antigo que não se fez

Um passado que nunca foi presente

Futuro que ninguém escreveu

Guardo comigo um último poema

Carrego toda noite um verso não dito

Uma rima não cantada

Grito toda noite calado e mudo

É o que mais me dói

Guardo comigo algo que provei

E tão logo se desfez

A garrafa já está vazia

Também...

Pedro Hermes
Enviado por Pedro Hermes em 03/08/2010
Código do texto: T2417016
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