O Fidalgo Que Veio De Longe
Embora eu goste , o súbito da noite me arrepia;
Ouço no lado fértil das paragens
O meu fidalgo batendo na garupa
Do cavalo que febril galopa...
Sua elegância...sua estirpe,
Enche-me a vista de lágrimas,
Lágrimas de alegria ao vê-lo perfilado
Junto a mim entregando-me flores.
Meu amor aquilata-se, de sobejo
Tudo já está na matriz do meu pensamento
Toda a energia , exuberante ,do meu corpo,
Pedia sua presença, sua vigília, sua magia.
Seus olhos pareciam as asas de uma águia
A cor azul igual a cor do céu...
E seus cabelos louros , lisos e macios,
Eram de um encanto todo seu.
Tirou seu sobretudo de veludo escuro,
Estendeu-o sobre a relva úmida...
Beijou meus lábios , num murmúrio num delírio
E, alí nos amamos tendo a lua como vigia.
e, então na fantasia...
o mundo silenciou , para nós...
Kalena, ag.2010