Doce Novembro

Você chegou de mansinho

sem cerimônias mostrou a que veio

entre aconchegos e carinhos

bem de mansinho

reatamos.

Enquanto era a encarnação dos seus desejos

tudo calmamente terno transcorria

como se dos seus sonhos eu surgisse

para satisfazer sua doce utopia

Mas como tudo o que é real o tempo consome.

Essa máscara, há anos adorada, deu parte

a uma inquisição daquilo que nos incomodava

Discussões surgiram, acordos selados,

promessas e mais promessas

para o outro dia ser igual aos passados.

Usar ou não usar, ceder ou não ceder,

para mim o que vale é ganhar, mesmo

que eu tenha que perder.

Só, neste inverno,

lembro de nós no

aconchego de nossa casa

agora transformada em um outro lar.

Elias F Mourão
Enviado por Elias F Mourão em 29/07/2010
Reeditado em 01/09/2010
Código do texto: T2406212
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