Além dos vidros da janela

Chuviscos nas vidraças

límpidas da janela.

Vejo as faces do meu amor

perfeitamente delineadas nela.

Sentimentos de angústia e dor

surgem-me como se fossem graças

por tê-la um dia em meu ninho,

gozando de seus beijos e carinhos.

Num dia qualquer, foram-se os laços,

que lamento não mais existirem

e agora, sigo triste pelos caminhos,

caindo qual chuva fina e fria

em todos os cantos e lugares,

na esperança de que um dia

ao longo dessa vida sem graça,

ela reapareça de verdade

no meu olhar desejoso

através de uma vidraça.

Jaime Rezende Mariquito
Enviado por Jaime Rezende Mariquito em 29/07/2010
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