SIGILO

O vento sibila entre as folhas verdes

Compondo uma sinfonia que entoa ecos

Entre os ramos que se agitam no silêncio

Mas que aplaudem e louvam com acenos

O som vai aonde quer levando o canto

Em toadas fortes ou suaves brisas

Qual doces liras e trombones poderosos

Sensíveis às notas e rudes às rotas

Com seu majestoso efeito, muda sentimentos

Pois o que escapa aos olhos, cegos de paixão

Já os ouvidos não se deixam enganar, creem

E nesses variados encantos, tanto se diz

Que nenhum pranto é tão forte pra não sorrir

Embora um vento passe, logo outro vem...

Janete do Carmo
Enviado por Janete do Carmo em 28/07/2010
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