SIGILO
O vento sibila entre as folhas verdes
Compondo uma sinfonia que entoa ecos
Entre os ramos que se agitam no silêncio
Mas que aplaudem e louvam com acenos
O som vai aonde quer levando o canto
Em toadas fortes ou suaves brisas
Qual doces liras e trombones poderosos
Sensíveis às notas e rudes às rotas
Com seu majestoso efeito, muda sentimentos
Pois o que escapa aos olhos, cegos de paixão
Já os ouvidos não se deixam enganar, creem
E nesses variados encantos, tanto se diz
Que nenhum pranto é tão forte pra não sorrir
Embora um vento passe, logo outro vem...