Amor de uma vida

Em uma mão a bengala,

Que tolhe seus movimentos,

Mais que o salva da queda

Seu amigo e fiel instrumento.

Na outra traz um vinho,

De muito esquecido guardado,

Tempos de muitas juras, amores desenganados.

Ingrato e infiel tempo, que todo a ele negado.

Proibido por motivos nobres,

Tão grande amor negado,

Encontra contigo agora,

Depois de tempos passados.

Deve-me a honra da dança,

Por muito a tenho guardado.

Abro contigo o vinho,

Posso partir descansado.