Ela

Emergiam os instintos na noite

E em seus olhos naufragava a fúria

Olhos famintos de paz de ais de dor

Um pedido de misericórdia em favor

Daqueles que te olham por amor

Não era mais boca, pele e cabelo

Eram almas com travesseiros

Que adormeciam ao luar

Não tinha Ana, Joana, Poliana

Ou Carolina, menina, traquina

Não tinha mais Ilana, Juliana, Amanda

Ou qualquer outro ar de menina

Era apenas ela,

Puramente ela

Todas elas nela

Na tela

Janela

Era ela, era ela

mais que todas elas, era ela.

SARA GONÇALVES
Enviado por SARA GONÇALVES em 02/07/2010
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