É de Papel... É de Seda...
É de seda minhas palavras.
É de papel as minhas mãos.
É a arte secreta em poesia...
Sagradas, profanadas ou não!
Recortei versos em linhas.
Picotei a alma em arabescos.
Bordei um coração silente.
Repleto de taciturnos efeitos.
Da seda fiz meu afável leito.
Do papel meu cálido manto.
Adormeci em sonhos ornados.
Numa eterna arte em prantos.