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Vendo casinha bangalô, branca caiada
Defronte a um lago manso e sereno,
Rodeada por varandas, rede já disponível.
 
E tem serras lindas ao redor,
Donde, nas manhãs, se vê o sol nascer,
Resplandecendo todo vale ainda molhado,
Pelo orvalho do sereno da noite.
 
É soprada por brisas cálidas,
Sombreado por palmeiras e flores,
Onde borboletas passeiam sem norte,
E sabiás brincam pra quem estiver na varanda,
E gostar do seu cantar que ressoa melancolia.
 
E no final das tardes cândidas,
Enquanto o sol se esconde lentamente,
E a noite vai se chegando mansa,
Ouve-se sussurrar de grilos e corujas,
Sinfonia que acalenta os ouvidos, a alma e o coração.
 
E se você tiver um grande amor,
Aconchegado e preso ao peito,
Enquanto se deitam balangam a rede,
A noite vai cobrindo todos os atos,
Protegendo todo desejo e toda luxúria,
Encobrindo todos os gestos e trejeitos,
Até o cansaço e o sono chegar.
 
Aceito troca,
Que seja por uma mala vazia,
Em boas condições,
Onde caibam pequenos pertences.

Que seja robusta,
Para segurar os trancos de um caroneiro,
Que sairá pelas estradas,
Em busca de novo sonho.
Eacoelho
Enviado por Eacoelho em 28/05/2010
Reeditado em 18/12/2017
Código do texto: T2285107
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