Não há pecados

Alvo de alegria,

meu rosto resplandece quanto torna a luz do dia,

não há pecados pobre menina, não há pecados,

entrega-te a mim e desfruta tu também do sabor da paixão.

Quando olhavam tristes teus olhos em torno de si,

aquela dúvida crescente do ser que se descobre,

amadurecia então teus olhos de mulher,

teu corpo corava com a nova sensação.

E eu de súbito senti subir pelas entranhas,

o arrepio que de salto tira minha calma,

olhava para ti não mais como para uma menina.

Tenho-a agora em meus braços,

e não sonho mais, se neles não estiver,

não há pecados pobre menina, não há pecados.