PRA TODO MUNDO VER

Sou poetisa que virou flor de um poeta,

Que se encontrou sendo encontrada,

Mas que teve de se manter discreta,

Como inventar discrição estando francamente apaixonada?

De quando em vez brigamos como marido e mulher,

São quase quatro anos de versos de todas as cores,

Ele cisma com quase tudo quando quer,

Mas se esquece de seus contos, de seus outros amores.

Cansei de ficar quietinha,

Ser algo que não sou, muda e calada.

Já não suporto mais estar tão sozinha.

Enquanto em tua cama outra colore tua madrugada.

Eu te amo e não ouse me calar.

Que mal há em amar-te em versos e rimas...

Ter a ti sómente aqui, neste recanto lugar.

Ficar em extâse quando me mimas.

Agora todo mundo pode ver quem sou eu,

A menina do poeta, do cais, pássaro da flor.

Todos podem saber que meu amor é teu.

E que só VOCÊ é meu único amor.

Mary Rezende
Enviado por Mary Rezende em 23/05/2010
Reeditado em 23/05/2010
Código do texto: T2274046