nuvem altaneira

sempre que vejo uma nuvem à distância,

eu me pergunto de onde é que ela veio,

pra onde vai e se – pura implicância –

ela me teme ou sou eu que a receio

ela nem liga e se vai altaneira

eu cá embaixo me sinto menor,

mas não resisto e só de brincadeira

digo que sei os seus passos de cor

nuvem que o vento carrega se volta

e, num repente, me chama pra ir...

eu prontamente fustigo a escolta

desses temores que me prendem aqui

mas quando a alcanço ela foge e se solta,

me põe no ar e se afasta a sorrir...

Rio, 14/05/2010

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 14/05/2010
Código do texto: T2257218
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