FIM-II

Um novo dia e com ele a expectativa de

uma nova aventura, da mesma forma como as mulheres

em sua forma de estar de esperança. Esta esperança

fundada em supostos direitos, nos oferece a oportunidade

de tentar reconstruir tudo o que foi assolado pela maré alta ocorrida em nossas vidas.

Tudo aquilo que determinou uma lembrança detalhadamente

escrito em nosso diário com muito sutiliza, foi

encontrado boiando como um barco a deriva.

E foi assim com nossa fotografia, aquela primeira que

expressava um verdadeiro sentimento, como nossas correspondências amareladas onde descrevia a história

de um romance, tudo submerso nas águas depois do

rompimento do mal construído dique.

Debatia-se nas mesmas condições o nosso afeto que

bradava me salve foi eu que os recepcionei

saudando-os desde o princípio, e nessa desventura em nada

tenho culpa.

É de se lastimar pôr fim em nosso ponto de referência, e muito mais observar o que nos unia tornar-se

empedernido e inflexível, talvez até por uma disposição

adquirida pelo aspecto habitual, não sei!

Assim, desastrosamente não desempenhamos

bem a nossa ligação amorosa, perdemos

tudo na ocasião da preamar, inclusive

abolimos dormir abraçadinhos, e hoje

para conciliarmos o sono há necessidade

de se contar carneirinhos...

Wil
Enviado por Wil em 13/05/2010
Código do texto: T2255139