FIM-II
Um novo dia e com ele a expectativa de
uma nova aventura, da mesma forma como as mulheres
em sua forma de estar de esperança. Esta esperança
fundada em supostos direitos, nos oferece a oportunidade
de tentar reconstruir tudo o que foi assolado pela maré alta ocorrida em nossas vidas.
Tudo aquilo que determinou uma lembrança detalhadamente
escrito em nosso diário com muito sutiliza, foi
encontrado boiando como um barco a deriva.
E foi assim com nossa fotografia, aquela primeira que
expressava um verdadeiro sentimento, como nossas correspondências amareladas onde descrevia a história
de um romance, tudo submerso nas águas depois do
rompimento do mal construído dique.
Debatia-se nas mesmas condições o nosso afeto que
bradava me salve foi eu que os recepcionei
saudando-os desde o princípio, e nessa desventura em nada
tenho culpa.
É de se lastimar pôr fim em nosso ponto de referência, e muito mais observar o que nos unia tornar-se
empedernido e inflexível, talvez até por uma disposição
adquirida pelo aspecto habitual, não sei!
Assim, desastrosamente não desempenhamos
bem a nossa ligação amorosa, perdemos
tudo na ocasião da preamar, inclusive
abolimos dormir abraçadinhos, e hoje
para conciliarmos o sono há necessidade
de se contar carneirinhos...