*PASSANDO O AMOR A LIMPO

Peguei tinta e papel na gaveta
Chequei à página primeira
O amor desbotado, sem faceta

Sem rosto, sem emoção-dia
Numa cadeira de balanço
Na história da fantasia

Lembrei as falhas, as dúvidas
Cabisbaixo não teve embaraço
Todas amassadas e estúpidas

Remendei nacos daqui, d’acolá
Pintei com as cores da vida
Tudo inútil, não queria sondar

Engomei folhas amassadas
Curei marcas, apaguei passos
Esperança sorriu, ultrapassadas

Tudo limpo, nova paisagem
O coração, sujeito traiçoeiro
Caiu na mesma bobagem
                              sonianogueira


Mote da poesia "On-line"
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 02/05/2010
Reeditado em 02/05/2010
Código do texto: T2232856
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