SELVAGEM!...
SELVAGEM!...
Sou selvagem
Nesta selva de pedra e concreto
Eu transporto todo meu ardor
Toda furiosa dor
Num lamento profundo
Num poço sem fundo
De amores perdidos
De fugas e desvios
De paixões e loucuras
Não conheço a ternura
Do olhar da criança
Do ritimo da dança
E a dor que me alcança
E me lança no espaço
E no vacuo eu me encontro
Uma selvagem em terra de ninguem
Onde quero ser alguem
Mas me pergunto: Quem?
A selvagem loucura
A doce ternura
Quem sou eu?
Sou uma selvagem
Com falta da liberdade!...
Helena Lins-20-08-2006