ESPERANÇAS
Veem,as emissárias dos presságios
Das promessas,das premissas
Veem num átimo da surprêsa dos instantes
Do abstrato e do perpétuo
Da felicidade que não for estanque
Num vôo sem ordenações,nem geografias
Surgem dos súbitos
Da irrupção latente de suas castelanias
Grifam um céu sem melanias
Sempre rútilas, em procissão das acalmias
Despontam anunciativas em suas fidalguias
Dignas de seu santo mistério
No raro assombro dos dias
Reverenciam, soberanas a existência
Dispersam-se em sedução de gala
Pelos rumores dos mistrais
Veem ver de perto
O verde-perto
Rentes,silentes
Sagrar o íntimo da terra
E,novamente,fugazes,de relance
Evolam-se, no horizonte
Despedem-se, amorizantes
Deixam avisos
Dos guizos da tua sorte