AMOR ADORMECIDO


Ontem em tórridos sonhos
Os teus lábios eu beijei
Senti teu calor tão fecundo
Cheia de esperanças suspirei.

Senti saudade tamanha
De todos nossos momentos
Meus sorrisos, sua manha
Hoje somos feitos de lamentos.

Mas não estamos distantes
O corpo ainda pulsa lado a lado
Apenas a alma divaga
Deixando o corpo alquebrado.

Talvez seja conseqüência
Desse mundo moderno
Que dita tantas normas
Não se importa com amor eterno.

Não há tempo para o amor
É preciso sobreviver
Ao caos da evolução
E vive-se a padecer.

Mas o subconsciente se lembra
Das auroras tão quentes
Dos lábios úmidos, sedentos
Dos corpos em chamas ardentes.

E solitária relembra e sonha
O amor adormecido
As marcas de eternos beijos
Não... não havia esquecido.

Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 21/08/2006
Reeditado em 12/12/2008
Código do texto: T221786
Classificação de conteúdo: seguro