SERENO

SERENO

Joyce Sameitat

Nas asas fluorescentes que o horizonte encobre;

Me revisto da alma do mundo em evolução...

Enquanto minha mente assim descobre;

Quão forte é o poder dela no meu coração...

Na suavidade das lindas cores que matizam;

A terra que começa estrelas de luz acender...

Parecem ser as minhas mãos que grafitam;

As nuances que estão lá no céu a pender...

Minha alma se mistura a esta que é perene;

Sentindo-se leve até mais não poder...

Enquanto que nas alturas aparece Selene;

Como sopro que o coração está a conter...

A madrugada é um palco todo iluminado;

De cores mil carregadas de puro luar;

Parece um enorme papel laminado;

Que forma gotículas e está a orvalhar...

Paisagem calma e envolta em sereno;

Que me cativa nas noites que descem;

E no bordado que se forma correndo;

Vejo os amores que em mim florescem...

Esperando por um que especial seja;

Pois que eu o serei para ele também...

Enquanto isto minha alma relampeja;

Atenta a este tão precioso alguém...

São Paulo, 21 de Abril de 2010

Joyce Sameitat
Enviado por Joyce Sameitat em 21/04/2010
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