Você me prende a você
Forçada pelo que sinto
Aprisionada por você
Sou escrava do absinto
Que seu beijo me deixa beber
Castigada por tua ausência
Recompensada por tua volta
Eterna abstinência
Ora me pega, ora me solta
Viciada no suor da sua pele
Obstinada no segredo do seu olhar
Desejo que de mim expele
Como da noite escorre o luar
Sou serva tua e só tua
Se pedires, me visto de imediato
Mas prefiro que me queiras nua
Sem roupas, escrúpulos e recato
Sou parasita dessa corrente
Que te prende ao meu coração
Conduz-me de corpo, alma e mente
Sou submissa a sua razão