Uma pequena caixa
Uma pequena caixa descolorida
Cândida dormia em santuário oculto
Pendeu esparramando vida
Ao toque brusco que lhe descortinou o vulto.
Ao chão... Pétalas desfalecidas
Mimos de namorados, sonho certo agasalhado,
Papeizinhos amarelecidos de esquecidas mensagens
O tempo... Acordou a lágrima, louco advogado!
Havia sorriso e nenhuma dor
Complementos de uma saudade livre que respira.
Sem defesas ou acusações, a pequena caixa, não a quero vazia.
Revela-me a mim mesma, sem que ninguém me inquira.
Uma pequena caixa descolorida, dormia ...
Então, quando não houver mais vida
Deixem voar também minhas saudades
Como uma borboleta colorida!