O QUE QUERO?
O QUE QUERO?
Quero ser o dedo
Dedo que risca a cara
Toca os lábios
Quero ser o medo
Medo que pensa em parar
Medo que faz viver
Quero ser o ledo
Ledo engano de menino
De um eterno soprano
Que na opereta da vida errou de tom
Mas não perdeu o merecido aplauso
Quero ser teu Pedro
Pedro que como Cabral descobre
Que primeiro te dá independência
Que Collor derruba teu poder
Faz-te perder a inocência
Quero ser eu mesmo
Sem dedo, sem medo,
Sem ledo, só teu Pedro...