Quando te rejetei.

Nos espinhos em que te larguei

Foi o lugar que joguei meu amor

Numa tênue armadilha de dores

Saindo com os odores da primavera

Que não apagaram o cheiro

De vida ou de exalação de seus olhos

E ainda floresce em letras abertas

Da página sentimental semeada

Com o tempo desarrumado e sem rumo

Em que desapeguei-me por tudo

A um infinito reverso paralelo

Desse mundo inverso cerrado

Onde se acorda por segundos

Nas alegrias de um olho aberto

E por horas de outro fechado

Se pelos caminhos dormentes

Eu espalhei as tristezas

De um mundo

Compactado

É em alegrias que divido

Meu espaço sincero sem você

Versado

Corado

Enfatizado

De tantas desgraças

Foi num sorriso que

Você se explodiu

De tantas alegrias

Em apenas um dia

Que te toquei como

Uma rosa tangente

Por onde é tocada

Não se constrange

Onde é beijada se abrange

Chamando ao infinito afligido

Ao finito descalço de sujeiras

Na rua desprezada

Que te rejeitei

Pela última vez na vida.

Á alma é barata
Enviado por Á alma é barata em 20/03/2010
Código do texto: T2149672
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