Maria Cristina

Tão pequenina, a minha menina.

Tem lindos olhos, insondáveis abismos a nos aprisionar.

Soma-se aos olhos um raro sorriso de criança, um abraço que nada deixa faltar.

Seus beijos são doces, seu amor sem medidas.

Travessa, brejeira, ar de mulher desprotegida.

Pequenas mãos carinhosas, mãos que gosto de afagar.

Caminho enfeitiçado ao seu lado – feitiço que não quero afastar.

Eu sou o seu homem – ela é a minha menina.

Os meus momentos com Maria Cristina equivalem a me deixar levar numa lúdica viagem, embalado pelo sopro dos ventos das montanhas do Sul de Minas, lugar de onde ela veio. Ora balouço na suavidade da brisa da tarde: já em outros momentos, brame assustador o aviso da tempestade que se aproxima. Esta dualidade, esta constante mutação, a faz única, a transitar impunemente entre a mulher sedutora e a desprotegida menina.

Ave, Maria Cristina!

Cidade dos Sonhos, madrugada da Segunda Quarta-Feira de 2010

João Bosco

Aprendiz de Poeta
Enviado por Aprendiz de Poeta em 10/03/2010
Reeditado em 10/03/2010
Código do texto: T2130157
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.