SONHOS E QUIMERAS

Amor misterioso esse nosso...

não sou a mulher que chora e implora

não sou a santa que em teus braços possa estar

não sou a insana que a ti se misturou

não sou aquela mais uma...

sou a mulher que em devaneios,

sem pedir licença, a ti se incorporou

Construir porto, desfazer mistérios

tracejar rotas, em desejos inconfessos e

pedra por pedra um cais seguro reerguer

só para em meu regaço aportar.

Joga as amarras do viajado barco,

enfim podes ancorar...

Tudo é novo para nós!

Por que pressa para partir?

Se tu me pedes para não ir...

se tudo em mim pede pra ficar...

se podemos juntar nossos lençóis

na mesma cama

onde cabem nossos corpos descompassados

nosso amor, nossos gemidos e ais...

Vitoria Moura 9/12/2009