o mar e a canoa

sempre que a vejo lá pela Gamboa

com o realejo querendo falar,

vou e procuro em Fernando Pessoa

o que em mim não consigo encontrar

pois se eu disser um versinho à toa

desses que faço querendo agradar,

sei que ela não vai dizer que destoa

pra que eu insista e volte a tentar

se o realejo a canção que entoa

pode fazê-la se emocionar,

digo ao meu mestre: vê se me perdoa,

nenhum poema a arrebatará

melhor deixar, não vai ser a canoa

que vai saber dos segredos do mar...

Rio, 26/02/2010

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 01/03/2010
Código do texto: T2113614
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