AMAR O AMOR AMARGO

Não pense nos belos olhos,

Tão pouco sua boca linda,

Sua cor débil de lua cheia,

Seus cabelos na cor areia,

Mas os seus lábios sorrindo.

Vestido solto, esvoaçante,

No peito o coração amante,

Sentimentos e calafrios,

No sedoso corpo, arrepios,

De quem nunca foi à santa.

Põe-se sentada e levanta,

Sente na alma uma dor,

Seja por que causa for,

Soluços se fazem ouvir.

Lagrimas resvala o rosto,

Falta-lhe ombro de encosto,

Resta no travesseiro dormir.

Rio, 27/02/2010

Feitosa dos Santos