UM AMOR DESNATURADO
Amor de fim de noite
Exposto ao desabrigo da razão
Se debate e não se decide
Entre o querer e o não fazer
Perdido entre métricas e sílabas
Só assim pode estar
Livre de desbotamentos racionais.
Não há palavras para decodificar
O que foi sem nunca ter sido
E o que é - ainda que oculto
Na névoa do vir a ser.
Brilho fátuo de fogos de artifício
Enquanto a quintessência do sentimento
Veste sua armadura impenetrável
Outra vez
E sempre...