ESTAÇÕES
No meu verão ensolarado
És de certo a chuva da tarde
Na estrada que sou e sem fim,
Do meu inverno tremulante
Se não és a chama quente
De uma fogueira imaginária
És certamente a coberta viva
Sobre meu pensar esparramada,
No meu outono incerto
És quem sabe a folha
Que sobrevive a estiagem
E eu te chamo verso.
Da primavera esperada,
Não digo que tu és as flores,
Nem os botões ou cores
Tu és a própria primavera.