Um grito fino, um grunhido
Corta a noite como um assobio
Uma navalha cortando a carne
O miado de uma gata no cio
 
O som se repete mais forte
Mais assustador, causa arrepio
É o recado selvagem da fêmea  
Para o macho alongado, arredio
 
O grito é ouvido, o gato surge
O amor acontece em desvario                        
A gata grunhe e a semente do amor   
Enche o seu útero vazio
 
É a natureza e suas artimanhas
A povoar este mundo doentio
Porque a vida, ardilosa, meus caros 
Está sempre a equilibrar-se num fio!
 
Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 06/02/2010
Reeditado em 23/07/2014
Código do texto: T2072186
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