ATÔNITO POR AMAR DEMAIS

Por mais que eu queira fugir, me

esconder para tentar suportar todo

o desabar do meu mundo, eu não

consigo, e assim presencio todo o

desencadear do que construí.

Talvez se me tornasse invisível,

ou me escondesse nas profundezas de

um abismo, mesmo assim acompanharia

visualmente a total demolição, tal qual a

ventania desmorona um velho casarão.

Não existe um escudo protetor, nem mesmo

um esconderijo que consiga acobertar

a fisionomia de um derrotado nas

questões de amor.

Destarte, se houver um amor legítimo

ou até uma amor ínfimo, sempre

haverá uma renúncia sob o pretexto

de que "não era este sentimento que eu queria",

então, permaneço muito mais às tontas...

Estou quase certo que não sei amar é a

conclusão que me atormenta, este é o

abatimento que padeço, mas o que eu não

entendo é que meu sentimento não para de

verter.

Por ser de um tamanho gigante e viver

transbordando suporto toda uma sufocação,

o pior é que não tenho ninguém

para dar o que tenho neste coração sôfrego.

Wil
Enviado por Wil em 05/02/2010
Código do texto: T2071353