Lívida princesa taciturna

A triste beleza dessa sua solidão,

É semelhante às lúgubres noites

Em que me vi resvalar pela escuridão

De quartos frios que ecoam dores de açoites.

Pálida inocente – princesa perdida –,

Deixe-me beijar seus lábios úmidos de amor!

Enxugue essa lágrima ardida

Em meu peito cheio de calor.

Olhos sombreados, olhar ausente!

Branca ternura em sua fronte amedrontada;

Você, soturna profundamente,

Estrela taciturna que se esconde da alvorada.

Morri por ti em meus pensamentos...

Busquei encher meu coração com esperança,

Acreditando vê-la além desses sofrimentos,

Mas encontrei apenas a sombra da tua dança.

O desespero me corrompi o espírito.

Sinto que continuarei a sofrer sua ausência...

Oh virgem! essa vida não vale mais nem um grito,

Enervarei sem amor por toda minha existência!

08/12/2004

Marcell Diniz
Enviado por Marcell Diniz em 28/01/2010
Código do texto: T2055713
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