Lívida princesa taciturna
A triste beleza dessa sua solidão,
É semelhante às lúgubres noites
Em que me vi resvalar pela escuridão
De quartos frios que ecoam dores de açoites.
Pálida inocente – princesa perdida –,
Deixe-me beijar seus lábios úmidos de amor!
Enxugue essa lágrima ardida
Em meu peito cheio de calor.
Olhos sombreados, olhar ausente!
Branca ternura em sua fronte amedrontada;
Você, soturna profundamente,
Estrela taciturna que se esconde da alvorada.
Morri por ti em meus pensamentos...
Busquei encher meu coração com esperança,
Acreditando vê-la além desses sofrimentos,
Mas encontrei apenas a sombra da tua dança.
O desespero me corrompi o espírito.
Sinto que continuarei a sofrer sua ausência...
Oh virgem! essa vida não vale mais nem um grito,
Enervarei sem amor por toda minha existência!
08/12/2004