Meiga Mulher

No quarto da lua

Os vasos estão cheios de flores,

Inundado pelo balsamo

Compassado no peito teu,

A dançar pelo verso meu!

Nos veios da seda

A escultura esta cheia de vida,

Derramando-se em devaneios violetas,

Canduras do colo teu,

A cantar pelo poemeto meu!

No incidir da luzes

As cortinas desnudam o céu,

Mostrando-te meiga mulher

Brilhante no olhar teu,

A desabrochar pelo soneto meu!

Nos sons do êxtase

Os corpos estão afogados em ardores

Germinados pelo ópio idílico,

Místico no beijo teu,

A brindar o poema meu!

Auber Fioravante Júnior

26/01/2010

Porto Alegre - RS