ESSES MOÇOS...
Em assuntos que dizem respeito ao
amor, eu me calo, não tenho palavras para
enaltecê-lo ou, para execrá-lo quando este sentimento
envolve um homem e uma mulher.
Os seres humanos nesta questão são impassíveis
basta conviverem juntos por algum tempo,
logo vem à exaustão e muitos, são aqueles
que se arrependem depois da união.
Quando chegam nesse estágio já não há perfume pelo ar,
não se ouve mais os acordes melódicos de uma bela canção,
os sonhos que até então eram vividos por dois,
são literalmente divididos.
Naturalmente, quando se chega nesses termos,
ocorre uma existência de dois e não um como antigamente,
e aí, vem à construção de novas emoções.
Logo o assunto passa a ser perceptível
quando entram em cena novos devaneios e deles,
os recém desunidos, começam a fazer parte.
Os antigos carinhos, a participação ativa dos envolvidos
é acomodado em várias caixas contendo muitos nomes.
Uns preferem chamá-lo de esquecimento,
outros de rejeição, e tem aqueles que acomodam
tudo na caixa da separação.
Essa história não é nova não, ela tem longa duração,
no princípio em nome de um sentimento chegam
a esmagar rosas, depois não sabem dizer
onde existe um jardim...
Bem diz o poeta "esses moços pobres moços,
há se soubessem o que eu sei não amavam
não passavam aquilo que já passei.."