... Entre ritos e ciços no senso a desejar
uníssonos corpos, nos e um luar esperado,
na candura das noites que me fiz cortejar
na real fantasia valsando com o amor amado...

E nos amamos! Como se nosso fosse o orbe
nos espasmos celerados cintilados de amar
nos lagos do instinto olvidando todo torpe
encarado nas tramas tecladas no vislumbrar...

Um oceano vencido rio e mar um horizonte
afluências dos sentidos no sonho perseguido,
e nos amamos! Envoltos na ternura do instante
das íris que divisaram o que nos foi concedido...

Na crença de quem ama se de perto ou distante
quando se ama amando, verossímil é sentido!
O implodir de comportas na devassa delirante
furor do querer amando o amante pretendido...

E despertei vislumbrando flores com boca hiante,
ouvindo a sonata do vento ritmando passarinhos
e o vi, adormecido como se sonhara o alevante
nos lábios o sabor dos meus, degustando carinhos...

No leito que repousou o guerreiro de peito arfante
da guerra vencida. As mãos odoravam pergaminho,
na aura coroada o amor, no ar o perfume excitante.
O raio do sol te desperta e vês que não amou sozinho!

“A Poetisa dos Ventos”
Deth Haak
7/7/2006


Recomendo  leitura Ode a Cartola....

Deth Haak
Enviado por Deth Haak em 27/07/2006
Reeditado em 27/07/2006
Código do texto: T203120