De amor
Serei do teu amor sonata sem atalhos
Na clave de sol acolherei teu pranto
Fazer da minha dor teu manto santo
Hei de cerzir com ardor os teus retalhos.
Serei pra ti seara de amor galhardo
Desejo fiel a minha eterna flor de lis
Assenta’lma faceira em tons de gris
Amar-te será então meu leve fardo.
Do meu amor hei de senti-lo inteiro
Porquanto o tempo há de sê-lo eterno
Não darei à solidão maus argumentos
Em nada desatento faço-me servo
Do teu corpo_ poema sem acanhamentos
Percebo nosso encanto verdadeiro.
Fátima Mota