FLORES CRUAS

Os caminhos do afeto estão obstados

Assim minhas mãos desconectadas de mim

Me escondem

De você

Minha alma numa clave

Chora a falta do sol

Clamo para que vejas

A maciez das manhãs

Do meu céu de papeis azuis

De enrolar maçãs!

Vem moça do sorriso largo

Vem dissolver as trevas

Plantar flores neste inverno

Para que a primavera me ache

Beije a boca da solidão

Com teus lábios carnudos

Porque é a minha boca que beijas

Sê tu, minhas manhãs

A cavalgar nas ancas

Dos meus sonhos afoitos

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 10/01/2010
Reeditado em 20/02/2024
Código do texto: T2021360
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