Baile de carnaval

Apesar de não ser ingênuo como o Pierrô;

Trago em mim uma marca surreal;

Que faz tristes os meus dias e enche-me de dor;

É o amor que anda a bater nesse peito sentimental.

A culpa é sua, Colombina de fútil coração;

Que usa sua beleza nessa vida de namoradeira;

À noite queria ter sempre sua atenção;

Sem você nada existe, tudo é ilusão passageira.

Se eu fosse alegre como o Arlequim,

Tenho certeza: você me veria pelo ar.

E o encanto desse baile não mais teria fim.

Confetes e amores adornam esse carnaval;

A vida é o baile, onde se dança e se troca de par:

A todo o momento o ritmo é construído até a nota final.