Luxuria
O tato que jamais tocou seu corpo nu
O paladar que nunca salivou seu gosto
Estigma , me chama de louca, de puta, afoita
Venda meus olhos, me priva do amor
Queima meu peito, me envolve de horror
Leva meus braços, me enlaça, me abraça
Joga os cabelos, aperta-lhe os seios
Chove vontade
Fúria e verdade
Cala-se , fecha-se a boca num beijo
Desliza, derrapa em todas as curvas
Duas, quatro, cinco vezes, quase perto do céu
O luxo, a luxuria, o corpo do outro
A mente, o manto, a morte e o gosto!