Luxuria

O tato que jamais tocou seu corpo nu

O paladar que nunca salivou seu gosto

Estigma , me chama de louca, de puta, afoita

Venda meus olhos, me priva do amor

Queima meu peito, me envolve de horror

Leva meus braços, me enlaça, me abraça

Joga os cabelos, aperta-lhe os seios

Chove vontade

Fúria e verdade

Cala-se , fecha-se a boca num beijo

Desliza, derrapa em todas as curvas

Duas, quatro, cinco vezes, quase perto do céu

O luxo, a luxuria, o corpo do outro

A mente, o manto, a morte e o gosto!

Paula Rodrigues (Coka)
Enviado por Paula Rodrigues (Coka) em 06/01/2010
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