COMO AGUA DE CACHOEIRA

Caímos como água de cachoeira

Pois nós dois sempre fugimos

Deixando que nos limitem,

E ocultos façam nossa fronteira.

Presos nesta desenfreada paixão

Enfrentando cursos de enorme agitação

Assim vivemos como sol e trovoada.

Amedrontada, eu mergulho nesse abismo

Para encontrar o teu eu em mim

No fundo desvendo pedras preciosas

Num amar ardente para nós sem fim.

E se desejo o teu gemido no ouvido

Feito brisa suave que a tudo envolve

É quando o céu acolhe o meu pedido,

Manda doce brisa que me comove

Vitoria Moura 4/01/2010