DESTINO IRÔNICO
Destino Irônico
Despendo nessas palavras,
As sensações duma alma,
Ferida, arrenegada pelas ciladas,
Oh! Grande amor,
Por que és tão malogrado
Pela penumbra da dor,
Porque se escondes,
Nos semblantes cândidos,
Revestidos pelo véu de veleidades?
Erga-me desses anseios,
Despojando-me das ironias,
Que o destino reservara-me em teus seios;
Responda-me, se o amor é obra natural,
Por que se resultas,
Senão, duma chama fatal?
Por que, se me entrego à correnteza,
Mesmo sendo da doçura,
Me desperto, pelo tapa da amargura?
Mas, tudo bem, se viver é aprender,
Creio que algum ensinamento,
Não fui infeliz de perder!