Graciosidade Pueril

Pego os teus olhos negros como jabuticaba

A fitar-me tão lindamente

E no mesmo momento agarras ao cabelo

Numa dissimulação feita graciosamente

Já que não é minha intenção

Deixar-te encabulada

Em um súbito desvio o olhar como alguém que se espanta

Com o voar de uma borboleta antes repousada

Mas não suporto prolongar meus olhos

Fora de tão bela criatura

Uma vez que é díficil mantê-los longe

De uma boca tão fresca, de umas maçãs tão rosadas e de uma doce compostura